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Porque Culto de Renovação Pactual?

Atualizado: 25 de mai.

Uma vez que Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos no primeiro dia da semana, a Igreja tem se reunido para cultuar no Domingo (“o Dia do Senhor”; cf. João 20:1,19,26, Atos 20:7, etc.) em celebração à ressurreição de Cristo e Sua vitória sobre a morte.

Os cristãos se reúnem em diversos momentos diferentes ao longo da semana, mas o culto do Dia do Senhor é a fonte essencial a partir da qual fluem todos os outros cultos, serviços e comunhão cristãos.

Com base nos padrões observados em toda a Escritura, vemos a renovação do pacto como o propósito principal do culto do Dia do Senhor. Existem muitas outras boas razões para a Igreja se reunir (evangelismo, educação, louvor, etc.), mas estes são efeitos secundários e não o ponto central. Embora alguns cristãos bem-intencionados não vejam diretrizes nas Escrituras sobre como a igreja deve adorar, acreditamos que a Bíblia tem muito a dizer sobre isso e que o “estilo” da adoração é muito mais do que uma questão de preferência.

O padrão de nossa liturgia segue a estrutura bíblica básica da adoração sacrificial. Esse padrão é encontrado tanto nas Escrituras da Antigo Aliança quanto da Nova, mas talvez o lugar para se enxergar este modelo de maneira mais evidente seja em Levítico 9, o primeiro serviço de culto corporativo no tabernáculo recém-construído. Estamos plenamente justificados em utilizar esse padrão na Nova Aliança.

Enquanto Jesus aboliu o sacrifício de animais, Ele não anulou o modelo de sacrifício (por exemplo, Romanos 12:1–2; Hebreus 13:15, etc.). O culto da Nova Aliança ainda é descrito em categorias sacrificiais e a Igreja é descrita como o verdadeiro templo.

Como Agostinho observou, tudo o que é cumprido em Cristo (a Cabeça) também é cumprido na vida corrente da igreja (o corpo de Cristo). Portanto, em Cristo, nosso culto representa o cumprimento e a transformação de tipos litúrgicos da Antiga Aliança.

A base do culto é a seguinte:

O Senhor nos Convoca: O povo é chamado a adorar (Lev. 9:5). Nosso culto é uma resposta ao chamado de Deus. Ele sempre toma a iniciativa. Nós somente nos achegamos porque Ele nos convoca primeiro.

O Senhor nos Purifica: A oferta pelo pecado (Levítico 9:15) destaca a confissão dos pecados e a absolvição. Sem uma confissão de pecados inicial, estamos adorando a Deus com mãos e lábios impuros. Mas, tendo sido lavados, podemos entrar na presença de Deus.

O Senhor nos Consagra: A oferta de ascensão (Lev. 9:16) corresponde à nossa entrada no santuário celestial de Deus (cf. Hb 10:19) e nossa consagração. Esta ascensão é marcada pelo sursum corda (“Elevemos os corações”). A oferta da ascensão consiste em um irromper de louvores cantados, uma vez que recebemos a purificação e acesso à sala do trono de Deus. Entramos nos átrios de Deus com júbilo e ações de graças. Essa oferta também inclui a leitura e a pregação da Palavra, pois somos consagrados ao serviço de Deus pela Sua verdade (João 17:17; Hebreus 4:12).

O Senhor Coleta Nossas Ofertas: A oferta de tributo (Levítico 9:17) sucede, representada pela coleta de dízimos e ofertas. Nós oferecemos a nós mesmos na oferta da ascensão e oferecemos nossas obras na oferta de tributo. Nossas obras não são aceitáveis a Deus sem o sangue sacrificial de Cristo, mas, em Cristo, Deus nos aceita e aceita nossos labores.

O Senhor Comunga Conosco: A oferta pacífica estava no centro de toda festa e banquete do Antigo Pacto e é o clímax da liturgia (Lv 9:18–21). Esta oferta é a refeição de comunhão que comemos na presença de Deus. A Ceia do Senhor, claro, é a nossa oferta pacífica na Nova Aliança, pois Deus compartilha Sua Mesa conosco.

O Senhor nos Comissiona: Finalmente, somos comissionados. Somos enviados com a bênção de Deus (Lev. 9:22–23). No tabernáculo, Arão levantou as mãos e abençoou o povo ao despedir-se deles (Núm. 6:22–27). Somos enviados para servir a Deus no mundo, carregando Suas bênçãos pelo caminho.

Trecho de A GUIDE TO THE LITURGY, da Trinity Presbyterian Church (CREC)

Tradução: Evandro Rosa



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